No queixo de tua filha.
Do teu áspero silêncio
um pouco ficou,
um pouco nos muros zangados,
nas folhas, mudas, que sobem.
Fica um pouco de tudo.
No pires de porcelana,
dragão partido, flor branca.
ficou um pouco de ruga na vossa testa,
retrato.(...)
De tudo ficou um pouco.
E de tudo fica um pouco.
Oh, abre os vidros de loção,
E abafa o insuportável mau cheiro da memória."
(Carlos Drummond de Andrade)
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